O objectivo deste estudo foi avaliar a actividade antifúngica das nanoemulsões que encapsulam o óleo essencial de orégãos (Origanum vulgare), tanto in vitro como após aplicação no queijo Minas Padrão. As nanodispersões foram obtidas através do método da temperatura de inversão de fase. Os géneros Cladosporium sp., Fusarium sp., e Penicillium sp. foram isolados de amostras de queijo e utilizados para avaliar a actividade antifúngica. Foram determinadas concentrações inibitórias mínimas de óleo essencial de orégãos não encapsulados e encapsulados, e foram influenciados pelo encapsulamento do óleo essencial, dependendo do tipo de fungo. A actividade antifúngica do óleo essencial de orégãos nanoencapsulados em fatias de queijo não mostrou qualquer evidência de um efeito dos MICs, quando aplicados na matriz. Por outro lado, foi observada uma influência do tempo de contacto da nanoemulsão com o queijo, devido ao aumento da actividade da água. Concluiu-se que o óleo essencial de orégãos nanoencapsulados apresentava um efeito inibidor contra os três géneros de fungos avaliados. Se os parâmetros ambientais, como a temperatura de armazenamento e a actividade da água, fossem controlados, o efeito inibidor das nanoemulsões de óleo de orégãos poderia possivelmente ser muito melhorado, e estas poderiam ser apresentadas como uma alternativa potencial para a preservação do queijo Minas Padrão contra a contaminação fúngica.