InuitEdit
Entre os Inuit, o kunik é uma forma de expressar afecto, geralmente entre familiares e entes queridos, que envolve pressionar o nariz e o lábio superior contra a pele (geralmente das bochechas ou da testa) e inspirar, fazendo com que a pele ou o cabelo da pessoa amada seja aspirado contra o nariz e o lábio superior. Um equívoco comum é que a prática surgiu para que os inuítes pudessem beijar sem que as suas bocas congelassem juntas. Pelo contrário, é uma saudação não erótica mas íntima usada por pessoas que, quando se encontram no exterior, têm muitas vezes pouco, excepto o nariz e os olhos expostos.
A saudação foi descrita em relatórios de um grupo de nativos do Alasca em digressão pelos Estados Unidos com o empresário mineiro W. Bruce, nos anos 1890: “O Sr. Bruce instruiu ontem Kerlungner e Wearner que neste país não deviam esfregar o nariz, e para encerrar a lição as duas jovens mulheres beijaram-se no novo estilo para um começo, ambas parecendo temer que parecessem tontas ao fazê-lo.”
Outras culturasEditar
Outros povos usam práticas de saudação semelhantes, nomeadamente o Māori da Nova Zelândia e os havaianos, que praticam as saudações hongi e honi, respectivamente. Os nómadas mongóis do deserto de Gobi têm uma prática semelhante, tal como certas culturas do sudeste asiático, tais como bengalis, cambojanos, laocianos, tailandeses, vietnamitas, Timor, Sabu, Sumba e Ibans. O beijo do nariz é também empregado como uma saudação tradicional pelos tribos árabes ao cumprimentar membros da mesma tribo.