Plunge a live crab into a pot of ferbulling water, and it’s likely to try to scramble out. O comportamento do caranguejo é simplesmente um reflexo, ou é um sinal de dor? Muitos cientistas duvidam que qualquer invertebrado (ou peixe) sinta dor porque lhes faltam as áreas do cérebro associadas à dor humana. Outros argumentam que esta é uma comparação injusta, observando que apesar das grandes diferenças entre cérebros vertebrados e invertebrados, as suas funções (tais como ver) são muito semelhantes. Para contornar este problema, os investigadores em 2014 argumentaram que um animal poderia ser classificado como sofrendo dor se, entre outras coisas, alterasse o seu comportamento de uma forma que indique que está a tentar evitar mais lesões, como por exemplo através de uma maior cautela, e se mostrar uma alteração fisiológica, como por exemplo hormonas de stress elevadas. Para descobrir se os caranguejos satisfazem estes critérios, os cientistas recolheram 40 caranguejos costeiros europeus (Carcinus maenas), mostrados na foto acima, na Irlanda do Norte. Colocaram os animais em tanques individuais, e deram meio choque eléctrico de 200 milissegundos a cada 10 segundos durante 2 minutos nas suas patas direita e esquerda. Os outros 20 caranguejos serviram de controlo. Dezasseis dos caranguejos chocados começaram a andar nos seus tanques, e quatro tentaram sair. Nenhum dos caranguejos de controlo tentou subir as paredes, mas 14 caminharam, enquanto seis não se moveram de todo. Havia, contudo, uma grande diferença fisiológica entre os 16 caranguejos andantes chocados e os 14 andadores de controlo, os cientistas relatam na edição de hoje de Cartas de Biologia: Aqueles que receberam abalos eléctricos tinham quase três vezes a quantidade de ácido láctico na sua hemolinfa, um fluido análogo ao sangue dos vertebrados – um claro sinal de stress. Assim, os caranguejos passam a barra que os cientistas estabelecem para mostrar que um animal sente dor.