Determinados marcadores do segundo trimestre para a síndrome de Down que são identificados numa ecografia são mais significativos do que outros.
A descoberta veio de uma nova pesquisa publicada na revista Ecografia em Obstetrícia & Ginecologia. Os resultados desta investigação ajudarão a modificar os riscos das mulheres grávidas para ter um bebé com a doença cromossómica.
É perguntado a todas as mulheres grávidas se gostariam de fazer o rastreio da síndrome de Down, que começam com um risco de fundo baseado na sua idade.
Existem características específicas identificadas durante um exame de ultra-sons no segundo trimestre de gravidez de uma mulher que são possíveis indicadores da síndrome de Down.
Os potenciais marcadores incluem:
- osso do nariz ausente ou pequeno
- ventrículos cerebrais dilatados
- inchaço ligeiro dos rins
- manchas de brilho no coração
- intestinos “brilhantes
- cortalecimento de um osso do braço ou da coxa
- uma artéria anormal nas extremidades superiores
- espessuras aumentadas da parte posterior do pescoço
Kypros Nicolaides, MD, do Harris Birthright Research Centre for Fetal Medicine do King’s College London, em Inglaterra, e a equipa decidiu examinar de que forma estes marcadores influenciam o risco.
Viram todas as pesquisas publicadas entre 1995 e 2012 que demonstraram resultados sobre marcadores para a síndrome de Down detectados durante o segundo trimestre de gravidez.
Após terem encontrado 48 relatórios, determinaram que a maioria dos marcadores têm apenas um pequeno impacto na alteração da probabilidade de síndrome de Down.
Os autores explicaram:
“Esta descoberta pode ter implicações clínicas importantes porque actualmente nos Estados Unidos, quando um marcador como um braço curto ou um osso da coxa é detectado, as mulheres são informadas de que correm um risco elevado de ter um filho com síndrome de Down.”
Os investigadores, contudo, encontraram alguns marcadores que indicam riscos acrescidos.
O risco aumenta três a quatro vezes quando são detectados os seguintes:
- espessuras aumentadas da parte posterior do pescoço
- ventrículos cerebrais dilatados
- uma artéria anormal nas extremidades superiores
O risco aumenta seis ou sete vezes quando se identifica um osso nasal ausente ou pequeno. “A detecção de qualquer um dos achados durante o exame deve levar o sonógrafo a procurar todos os outros marcadores ou anomalias”, disse o Prof. Nicolaides
A investigação também demonstrou que o risco de ter uma criança com síndrome de Down é reduzido sete vezes se um exame ultra-sonográfico completo durante o segundo trimestre mostrar que todos os marcadores principais são inexistentes.
Os resultados demonstram que o significado relativo dos marcadores de ultra-sons é muito diferente do que os cientistas acreditavam no passado.
Os resultados deste relatório serão incluídos no software de ecografia obstétrica que altera os riscos das mulheres para dar à luz um bebé afectado pela síndrome de Down, concluiu o Professor Nicolaides.
Escrito por Sarah Glynn